
Uma longa e tensa operação policial terminou com a morte de Marcelo Jhonny Viana Bastos, conhecido como “Pica-Pau”, considerado um dos criminosos mais procurados do Rio Grande do Norte. O cerco, que durou cerca de 22 horas, mobilizou mais de 100 agentes de segurança e envolveu intensa troca de tiros, reféns e cobertura jornalística ao vivo.
Tudo começou em Extremoz, na região metropolitana de Natal, onde equipes da Polícia Civil cercaram uma residência em que o foragido estava escondido. Ele resistiu à prisão, manteve pessoas como reféns e trocou fogo com os policiais até o fim. Três suspeitos foram mortos na ação, incluindo Pica-Pau, e seis agentes acabaram feridos durante o confronto.
A operação causou grande comoção entre moradores, que acompanharam o cerco durante a madrugada e amanhecer do domingo. As imagens, exibidas com exclusividade por um programa nacional, geraram críticas da imprensa local. Jornalistas potiguares lamentaram não ter recebido acesso ao material, mesmo tendo registro direto dos momentos de tensão, com direito a tiroteio e acompanhamento ao vivo da ação. Questionaram a influência da imprensa nacional na divulgação e cobraram mais transparência no tratamento dos veículos locais por parte do governo.
O criminoso era considerado uma figura de alto grau de periculosidade no estado. Estivera envolvido em diversos assaltos a bancos e instituições financeiras, além de ser apontado como responsável pelo assassinato de um vigilante durante um roubo a carro-forte em Natal, no ano anterior. Sua morte encerra uma caçada de meses, iniciada com sua inclusão na lista dos mais procurados.
A repercussão política também foi intensa. Veículos de imprensa local classificaram o tratamento dado à cobertura da operação como desigual, em que a imprensa nacional teve prioridade de acesso enquanto profissionais da região enfrentaram obstáculos. Isso reacendeu o debate sobre os critérios adotados pelas autoridades em situações de crise e destacou a importância do respeito às equipes de jornalismo locais.